sábado, 19 de julho de 2014

258 - JESUS RESSUSCITOU DOS MORTOS? 2ª PARTE



ACONTECEU ALGO

Mas não era o fim.

O movimento de Jesus não desapareceu (obviamente) e, de fato, hoje o Cristianismo é a principal religião do mundo.

Assim, temos que saber o que aconteceu depois que o corpo de Jesus foi tirado da cruz e colocado em uma sepultura.

Em um artigo do New York Times, Peter Steinfels menciona os eventos impressionantes que ocorreram três dias depois da morte de Jesus: 

“Pouco tempo depois da execução de Jesus, os seus seguidores foram repentinamente reanimados, passando de um grupo confuso e amedrontado a pessoas cuja mensagem central era acerca de um Jesus vivo e de um reino vindouro, colocando a sua própria vida em risco e mudando, com o tempo, todo um império. Algo Aconteceu. … Mas exatamente o quê?” - Peter Steinfels, “Jesus Morreu - E o que aconteceu?New York Times, April 3, 1988, E9.

Essa é a pergunta que temos de responder com uma investigação dos fatos.

Existem apenas cinco explicações plausíveis para a alegada ressurreição de Jesus, tal como descrita no Novo Testamento:

01 - Jesus realmente não morreu na cruz,
02 - A “ressurreição” foi uma conspiração.
03 - Os discípulos tiveram uma alucinação.
04 - A história é uma lenda.
05 - Ela realmente aconteceu.

Vamos detalhar agora cada uma dessas opções e ver qual melhor se encaixa aos fatos.

JESUS MORREU?

“Marley estava tão morta como uma pedra, e disso não havia dúvida.”

Assim começa Um Cântico de Natal, de Charles Dickens, o autor não queria enganar ninguém sobre o caráter sobrenatural do que se seguiria.

Do mesmo modo, antes de iniciarmos uma investigação nos moldes da série CSI e juntarmos as evidências da ressurreição, teremos de verificar se, de fato, havia um cadáver.

É claro que, ocasionalmente, surgem na imprensa notícias acerca de algum “cadáver” no necrotério que se mexe e volta a viver.

Poderia algo desse tipo ter acontecido com Jesus?

Há quem tenha sugerido que Jesus sobreviveu à crucificação e foi reanimado pelo ar frio e úmido do túmulo - “Opa! Por quanto tempo fiquei fora?”  

Mas essa teoria não é muito compatível com as evidências médicas.

Um artigo na Revista da Associação Médica Americana explica porque a chamada “teoria do desfalecimento” é insustentável:

“É inegável que o peso das provas históricas e médicas indicam que Jesus morreu. … A lança, atravessada entre as Suas costelas do lado direito, perfuraram provavelmente não apenas o pulmão direito, como também o pericárdio e o coração, assegurando a Sua morte.” - William D. Edwards, M.D., et al., "Sobre a Morte Física de Jesus Cristo", Journal of the American Medical Association 255:11, 21 de março de 1986.

Mas esse veredicto pode encarar opiniões céticas, uma vez que o caso esteve parado durante 2.000 anos. Pelo menos, precisamos de uma segunda opinião.

Podemos encontrar essas opiniões em relatos de historiadores não Cristãos, da época próxima à que Jesus viveu.

Três desses historiadores mencionaram a morte de Jesus.

- Luciano (cerca de 120 a 180 d.C.) refere-se a Jesus como um sofista (filósofo) crucificado. - Lucian, Peregrinus Proteus.

- Josefo (cerca de 37 a 100 d.C.) escreveu: 

“Nesse tempo surgiu Jesus, um homem sábio e autor de grandes feitos. Quando Pilatos O condenou à morte na cruz, os nossos líderes acusaram-No, e aqueles que O amavam não deixaram de o fazer.” - Josephus, Flávio, Antiguidades dos Judeus, 18. 63, 64. [Embora porções de comentários de Josefo sobre Jesus ter sido disputado, esta referência a Pilatos condenando-o à cruz é considerada autêntica pela maioria dos estudiosos.]

- Tácito (cerca de 56 a 120 d.C.) escreveu

“Cristo, de quem o nome teve sua origem, sofreu o castigo máximo… às mãos do procurador Pôncio Pilatos.” - Tácito, Anais, 15, 44. Nas Grandes Livros do Mundo Ocidental, ed. Por Robert Maynard Hutchins, vol. 15, Os Anais e as histórias por Cornélio Tácito (Chicago: William Benton, 1952).

Isso é como buscar nos arquivos e descobrir que, num dia de primavera do primeiro século,  

O Jornal de Jerusalém tinha na sua primeira página o destaque para a crucificação e morte de Jesus.

Nada mal para um trabalho de detetive, e completamente conclusivo.

Na verdade, não existem relatos históricos de cristãos, romanos ou judeus, que contradigam a morte de Jesus ou o seu sepultamento.

Até mesmo Crossan, um cético da ressurreição, acredita que Jesus viveu e morreu.  

“Que Ele foi crucificado, é certo como qualquer outro fato histórico pode ser.” - Gary R. Habermas e Michael R. Licona, o caso da ressurreição de Jesus (Grand Rapids, MI: Kregel, 2004), 49.

À luz de tal evidência, estamos bem embasados para rejeitar a primeira das nossas cinco opções.

Jesus claramente morreu, “disso não havia dúvida”.

A QUESTÃO DO TÚMULO VAZIO

Nenhum historiador sério duvida que Jesus estava morto no momento em que foi retirado da cruz.

No entanto, muitos questionaram o modo como o corpo de Jesus desapareceu do túmulo.

O jornalista inglês Dr. Frank Morison pensou inicialmente que a ressurreição era um mito ou um embuste, e iniciou a sua pesquisa para escrever um livro que a refutasse. - Frank Morison, Quem moveu a pedra? (Grand Rapids, MI: Lamplighter, 1958), 9.

O livro tornou-se conhecido, mas por razões diferentes ao seu propósito inicial, como veremos.
Morison começou por tentar resolver o caso do túmulo vazio.

O sepulcro pertencia a um membro do conselho do Sinédrio, José de Arimateia.

Naquele tempo, em Israel, ser do conselho era como ter o status de uma estrela de rock.

Todo mundo sabia quem pertencia ao conselho.

José de Arimateia deve ter sido uma pessoa real.

Caso contrário, os líderes judeus exporiam a história como uma fraude na sua tentativa de refutar a ressurreição.

Além disso, o túmulo de José de Arimateia deve ter sido em um local bem-conhecido e facilmente localizável, assim qualquer ideia que leve a crer que Jesus estava “perdido no cemitério” tem que ser descartada.

Morison questionou o porquê os inimigos de Jesus permitiriam a continuidade do “mito do túmulo vazio” se este não fosse verdadeiro.

Bastaria descobrir o corpo de Jesus para terminar com as dúvidas.

Aquilo que é conhecido historicamente acerca dos inimigos de Jesus, diz-nos que esses acusaram os seus discípulos de roubarem o corpo, uma acusação que corrobora a crença do túmulo vazio.

O Dr. Paul L. Maier, professor de história antiga na Universidade do Michigan, afirmou de modo similar que “Se todas as evidências forem pesadas de uma forma cuidadosa e imparcial, é plenamente justificável… concluir que o túmulo em que Jesus foi colocado, estava vazio na manhã da primeira Páscoa. E não foi descoberto nenhum vestígio de evidência… que refute essa declaração.” - Paul L. Maier, Independent Press Telegram, Long Beach, CA: April 21, 1973.

Os líderes judeus estavam espantados e acusaram os discípulos de roubarem o corpo de Jesus.

Mas os romanos escalaram na sepultura uma guarda treinada (de 4 a 12 soldados), 24 horas por dia. Morison questiona:

“Como poderiam esses profissionais permitir que o corpo de Jesus fosse vandalizado?”

Teria sido impossível a qualquer um livrar-se dos soldados romanos e mover uma pedra de duas toneladas No entanto, a pedra foi movida e o corpo de Jesus desaparecera.

Se o corpo de Jesus se encontrasse onde pudesse ser localizado, os seus inimigos teriam rapidamente exposto a ressurreição como fraude.

Tom Anderson, ex-presidente da , resume a força desse argumento:

“Com um evento tão difundido, não seria razoável que um historiador, uma testemunha ou um antagonista tivessem registrado para todos os tempos que tinham visto o corpo de Cristo? … O silêncio da história é ensurdecedor quando alguém tenta testemunhar contra a ressurreição.” - Citado em Josh McDowell, O Fator Ressurreição (San Bernardino, CA: Aqui está a Vida, 1981), 66.

Assim, sem um corpo como prova, e com um túmulo claramente vazio, Morison teve de aceitar a evidência como sólida de que o corpo de Jesus desapareceu, de alguma forma, do túmulo.

LADRÕES DE SEPULTURA?

Dando continuidade à sua investigação, Morison começou a examinar os motivos dos seguidores de Jesus.

Talvez a suposta ressurreição não passasse de um corpo roubado.

Mas se isso fosse verdade, como se justificam as várias aparições de um Jesus ressuscitado?

O historiador Paul Johnson, na História dos Judeus, escreveu

“O que importava não eram as circunstâncias da Sua morte, mas o fato de a ressurreição ter sido larga e obstinadamente acreditada, por um círculo cada vez maior de pessoas.” - Paul Johnson, A História dos Judeus (New York: Harper & Row, 1988), 130.

O túmulo estava realmente vazio.

Mas não poderia ter sido apenas a ausência de um corpo o que reanimou os seguidores de Jesus (especialmente, se eles mesmos o tivessem roubado).

Algo extraordinário deve ter acontecido, para que os discípulos de Jesus deixassem de se lamentar e esconder, e começassem a proclamar sem medo que O tinham visto vivo.

O relato das testemunhas referia que Jesus teria aparecido fisicamente aos seus seguidores de uma forma repentina, inicialmente às mulheres.

Morison se perguntou por que razão é que algum conspirador faria das mulheres um ponto central nesse enredo.

No primeiro século, as mulheres praticamente não tinham direitos, personalidade ou status.

Arrazoou Morison que, se uma conspiração quisesse ter sucesso, os seus autores teriam escolhido os homens e não as mulheres, como os primeiros a verem Jesus vivo.

Além disso, ouvimos que as mulheres foram as primeiras a tocar-Lhe, a falar com Ele e a encontrar o túmulo vazio.

Mais tarde, segundo as testemunhas oculares, todos os discípulos viram Jesus em mais de dez ocasiões separadas.

Escreveram que Este lhe mostrou as mãos e os pés, e lhes disse para que Lhe tocassem.

 E alegadamente comeu com eles e depois apareceu a mais de 500 pessoas numa ocasião.

John Warwick Montgomery, um estudioso de leis, declarou:

“No ano 56 d.C. [o apóstolo Paulo escreveu que mais de 500 pessoas viram Jesus ressuscitado, e que a maioria deles ainda vivia naquele tempo (1 Coríntios 15:6 em diante). Ultrapassa os limites do bom senso que os primitivos Cristãos pudessem ter fabricado tamanha história e depois a pregado entre aqueles que facilmente a refutariam, simplesmente encenando o corpo de Jesus.” - John W. Montgomery, História e Cristianismo (Downers Grove, ILL: InterVarsity Press, 1971), 78.

Eruditos da Bíblia como Geisler e Turek concordam.

“Se a ressurreição não aconteceu, porque nos daria o Apóstolo Paulo uma lista tão grande de supostas testemunhas? Ele perderia toda a credibilidade que detinha com seus leitores de Corinto ao mentir tão descaradamente.” - Norman L. Geisler e Frank Turek, eu não tenho fé suficiente para ser ateu (Wheaton, IL: Crossway, 2004), 243.

Pedro explicou a uma multidão em Cesareia a razão de ele e os outros discípulos estarem tão convictos de que Jesus estava vivo.

"E nós somos testemunhas de todas as coisas que fez, tanto na terra da Judeia como em Jerusalém; ao qual mataram, pendurando-o num madeiro. 

A este ressuscitou Deus ao terceiro dia… nós, que comemos e bebemos juntamente com ele, depois que ressuscitou dentre os mortos." (Atos 10:39-41)

O  britânico Michael Green comentou

“As aparições de Jesus são tão autenticadas como qualquer evento da antiguidade. … Não há nenhuma dúvida razoável de que elas ocorreram.” - Michael Green, A Cruz Vazia de Jesus (Downers Grove, IL: InterVarsity, 1984), 97, citado em John Ankerberg e John Weldon, conhecer a verdade sobre a ressurreição (Eugene, OR: Harvest House), 22.

COERENTE ATÉ O FIM

Ainda que os relatos das testemunhas oculares não fossem suficientes para desafiar o seu ceticismo, Morison ainda estava confuso com o comportamento dos discípulos.

Um fato da história que tem deixado historiadores, psicólogos e céticos perplexos é que esses 11 “anteriormente covardes” passaram a estar dispostos a sofrer humilhações, torturas e morte.

Todos, à exceção de um dos discípulos de Jesus, foram martirizados.

Teriam eles feito tanto por uma mentira, sabendo que tinham roubado o corpo?

Os mártires islâmicos do 11 de setembro provaram que alguns podem morrer por causas falsas em que acreditam.

Contudo, ser mártir por uma mentira é loucura.

Como escreveu Paul Little “Homens morrerão pelo que acreditam ser verdade, podendo, no entanto, ser falso. Porém, eles não morrem por aquilo que sabem que é falso.”

Os discípulos de Jesus comportavam-se de uma maneira coerente com uma crença genuína de que o seu líder estava vivo.

Ninguém explicou adequadamente por que os discípulos estariam dispostos a morrer por uma mentira que eles conheciam.

Mas, mesmo que tivessem conspirado uma mentira acerca da ressurreição de Jesus, como poderiam manter essa conspiração durante décadas sem que, pelo menos um deles, vendesse a verdade por dinheiro ou posição

Moreland escreveu

“Aqueles que mentem para terem ganhos pessoais não se mantêm juntos por muito tempo, especialmente quando as dificuldades diminuem os benefícios.” - JP Moreland, Escalando a Cidade Secular, (Grand Rapids, MI: Baker Book House, 2000), 172.

O antigo braço direito da administração Nixon, Chuck Colson, implicado no escândalo Watergate, falou sobre as dificuldades de um grande grupo de pessoas de manter uma mentira por um período extenso de tempo.

“Eu sei que a ressurreição é um fato, e o Watergate provou-me isso. Como? Porque 12 homens testemunharam que viram Jesus levantado de entre os mortos, e depois proclamaram essa verdade durante 40 anos, nunca a negando. Todos eles foram espancados, torturados, apedrejados e colocados na prisão. Eles não teriam suportado isso, caso não fosse verdade. O Watergate envolveu 12 dos mais poderosos homens do mundo—e eles não foram capazes de manter a mentira nem por três semanas. Querem que eu acredite que os 12 apóstolos puderam manter uma mentira durante 40 anos? Absolutamente impossível.” - Charles Colson, "O Paradoxo do Poder," Poder de Mudar, www.powertochange.ie / alterado / index_Leaders.

Aconteceu algo que alterou tudo para esses homens e mulheres.

Morison reconheceu:

“Quem quer que pense neste assunto acabará por confrontar-se com um fato que não pode ter explicação fácil. … Esse fato é que… uma profunda convicção atingiu esse pequeno grupo de pessoas—uma alteração que atesta o fato de Jesus ter-Se levantado do túmulo.” - Morison, 104.

 TERIA SIDO UMA ALUCINAÇÃO DOS DISCÍPULOS?

Há pessoas que ainda pensam ver um Elvis gordo e de cabelo grisalho a jogar dardos no café ao lado.

E depois existem os que pensam ter passado a noite anterior com extraterrestres, na nave-mãe, estando a mercê de testes indescritíveis.

Por vezes, algumas pessoas conseguem “ver” as coisas da forma que querem que elas sejam, coisas que não estão mesmo lá.

É por isso que alguns alegam que os discípulos estariam tão fora de si e consternados após a crucificação que o desejo de verem Jesus vivo causou uma alucinação em larga escala, um efeito em massa.

Plausível?

Ao psicólogo Gary Collins, ex-presidente da Associação Americana de Conselheiros Cristãos, foi colocada a questão da possibilidade das alucinações estarem por trás da radical alteração de comportamento dos discípulos.

Collins comentou: “Alucinações são ocorrências individualizadas. Pela sua própria natureza, uma alucinação só pode ser observada por uma pessoa de cada vez. Certamente não é algo a ser visto por grupos de pessoas.” - Gary Collins citado em Strobel, 238.

A alucinação não é sequer uma possibilidade remota, de acordo com o psicólogo Thomas J. Thorburn.

“É absolutamente inconcebível que… quinhentas pessoas, em pleno poder das suas capacidades mentais… pudessem experimentar todos os tipos de impressões sensoriais—visuais, auditivas e tácteis—e que todas essas… experiências se devessem inteiramente a… uma alucinação.” - Thomas James Thorburn, A Ressurreição Narrativas e Crítica Modern (Londres: Kegan Paul, Trench, Trubner & Co., Ltd., 1910.), 158, 159.

Além do mais, na psicologia das alucinações, a pessoa precisaria de estar num estado mental em que quisesse ver o outro de tal forma que a sua mente a projetasse.

Dois dos principais líderes da Igreja primitiva, Tiago e Paulo, encontraram ambos um Jesus ressuscitado, sem nenhuma expectativa ou esperança de satisfação.

Pelo contrário, o apóstolo Paulo liderava as primeiras perseguições aos Cristãos, e a sua conversão continua inexplicável, excetuando o seu testemunho de que Jesus lhe apareceu, ressuscitado dos mortos.

DA MENTIRA À LENDA

Alguns céticos, pouco convencidos, atribuem a ressurreição a uma lenda que teria começado com uma ou mais pessoas mentindo ou pensando que viram Jesus ressuscitado.

Com o passar do tempo, a lenda teria se expandido e recebido adornos à medida que crescia.

Segundo essa teoria, a ressurreição de Jesus está no mesmo nível da távola redonda do Rei Artur, da incapacidade do pequeno George Washington de mentir e da promessa de que a Segurança Social será dissolvida quando já não precisarmos dela.

Existem, no entanto, três grandes problemas com essa teoria.

1. As lendas raramente se desenvolvem enquanto várias testemunhas oculares se encontram vivas para refutá-las.

Um historiador da Roma e Grécia antiga, A. N. Sherwin-White, argumentou que as notícias da ressurreição se espalharam demasiado cedo e depressa para que fosse uma lenda. - Sherwin-White, Sociedade Romana, 190.

2. As lendas desenvolvem-se por tradição oral e não surgem em documentos históricos contemporâneos que podem ser verificados.

Ainda assim, os Evangelhos foram escritos no espaço de tempo de três décadas após a ressurreição. - Habermas and Licona, 85.

3. A teoria da lenda não justifica adequadamente o fato de o túmulo se encontrar vazio ou da historicamente comprovada convicção dos apóstolos de que Jesus estava vivo. - Habermas and Licona, 87.

PORQUE O CRISTIANISMO VENCEU?

Morison estava perplexo pelo fato de “um pequeno e insignificante movimento ter sido capaz de prevalecer sobre o domínio astuto da instituição judaica, assim como sobre o poder de Roma.” 

Porque é que venceu, contra todas as probabilidades?

Ainda escreveu:

“No espaço de vinte anos, as afirmações desses pescadores e camponeses galileus desestabilizaram a Igreja judaica. … Em menos de cinquenta anos começaram a ameaçar a paz do Império Romano.  Quando dissemos tudo o que havia para dizer… confrontamo-nos com o maior mistério de todos.  Por que venceu?” - Morison, 115.

Por várias razões, o Cristianismo deveria ter morrido na cruz quando os discípulos voltaram às suas vidas. Porém os apóstolos foram capazes de estabelecer um movimento Cristão crescente.

J. N. D. Anderson escreveu

“Pense no absurdo psicológico de imaginar um pequeno bando de covardes derrotados, num sótão, em um dia e, poucos dias depois, transformados numa companhia que nenhuma perseguição podia silenciar—e depois tente atribuir essa mudança dramática a uma mera farsa elaborada nada convincente.  … Isso não faz nenhum sentido.” - JND Anderson, "A ressurreição de Jesus Cristo", Christianity Today, 12. Abril de 1968.

Vários eruditos acreditam (nas palavras de um antigo comentarista) que “o sangue dos mártires foi a semente da Igreja.” 

O historiador Will Durant observou

“César e Cristo encontraram-se na arena e Cristo venceu.” - Durant, César e Cristo, 652.

UMA CONCLUSÃO SURPREENDENTE

Com as questões do mito, alucinação e autópsias imperfeitas descartadas; com as provas incontestáveis de um túmulo vazio, com um grupo substancial de testemunhas do Seu reaparecimento e com a inexplicável transformação e impacto no mundo daqueles que clamavam tê-Lo visto; Morison convenceu-se de que a sua primeira concepção contra a ressurreição de Jesus Cristo estava errada.

Começou a escrever um livro diferente intitulado Quem moveu a pedra? para detalhar suas novas conclusões.

Morison seguiu simplesmente as pistas e evidências, prova por prova, até que a verdade do caso lhe parecesse clara.

Para sua surpresa, as evidências levaram-no a crer na ressurreição.

No capítulo inicial de “O livro que se recusou a ser escrito”, este anteriormente cético explica como as provas o convenceram de que a ressurreição de Jesus foi um evento histórico.

Foi como se um homem se dispusesse a cruzar um bosque por um caminho familiar, bem demarcado, e saísse de repente por onde não esperava sair.” - Morison, 9.

Morison não está sozinho. Inúmeros céticos têm examinado as evidências da ressurreição de Jesus e aceitado essa como o mais incrível fato de toda a história humana.

Mas a ressurreição de Jesus Cristo suscita a questão: o que tem a ver com a minha vida o fato de Jesus ter derrotado a morte?

A resposta a essa questão é o tema central de todo o Cristianismo do Novo Testamento.

JESUS DISSE O QUE ACONTECEU APÓS A MORTE?

Se Jesus ressuscitou, apenas Ele conhece o outro lado.

O que disse Jesus sobre o significado da vida e sobre o nosso futuro?  

Existem vários caminhos para Deus ou Jesus afirmou ser o único

Mas estes assuntos serão abordado mais tarde, na próxima postagem veremos se realmente Jesus foi o Messias.

Que Deus abençoe a todos.


Fonte: http://jesusreal.blogspot.com.br
  

*VISITE TAMBÉM: LOUVE! - https://www.facebook.com/grupolouve?ref=profile VALE A PENA. Related Posts Plugin for WordPress, Blogger... Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

sábado, 14 de junho de 2014

257 - JESUS RESSUSCITOU DOS MORTOS? 1ª PARTE



Todos temos curiosidade de saber sobre o que acontecerá conosco depois da morte.

Quando um ente querido morre, queremos vê-lo novamente assim que chegar nossa vez.

Teremos um encontro glorioso com aquele a quem amamos ou a morte é o fim de toda a consciência?

Jesus nos ensinou que a vida não termina depois da morte de nossos corpos.

Ele fez esta declaração impressionante

“Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá.” 

Segundo as testemunhas oculares mais próximas a Jesus, Ele demonstrou seu poder sobre a morte levantando-Se dos mortos depois de ter sido crucificado e ficar sepultado por três dias.

Essa é a crença que tem dado esperança aos cristãos nestes quase 2.000 anos.

Mas algumas pessoas não têm nenhuma esperança em vida após a morte.

O filósofo ateu Bertrand Russell escreveu, “Acredito que, ao morrer, apodrecerei e nada do meu ego sobreviverá”. - Paul Edwards, "As grandes mentes: Bertrand Russell," livre investigação, dezembro de 2004/Janeiro de 2005, 46.

Russel obviamente não acreditava nas palavras de Jesus.

Os seguidores de Jesus escreveram que Ele apareceu vivo para eles depois da crucificação e do sepultamento.

Eles alegam que além de vê-Lo, tomaram refeições com ele, tocaram-No e permaneceram juntos por 40 dias.

Então, será que isso é simplesmente uma ficção que se desenvolveu ao longo do tempo ou ela se baseia em provas sólidas

A resposta a essa questão é fundamental para o Cristianismo.

Pois se Jesus levantou-Se dos mortos, isso validaria tudo o que Ele disse sobre Si mesmo, sobre o significado da vida e sobre o nosso destino depois da morte.

Se Jesus ressuscitou dos mortos então Ele tem sozinho as respostas sobre o significado da vida e sobre o que enfrentaremos após a morte.

Por outro lado, se a história da ressurreição de Jesus não for verdadeira, então o Cristianismo se baseia em uma mentira. O teólogo R. C. Sproul colocou isso nos seguintes termos:

“A veracidade da ressurreição é vital para o Cristianismo.  

Se Cristo foi erguido dos mortos por Deus, então Ele detém as credenciais e a certificação que nenhum outro líder religioso possui. 

Buda está morto. Maomé está morto. 

Moisés está morto. 

Confúcio está morto. 

Mas, de acordo com… o Cristianismo, Cristo vive.” - R. C. Sproul, reason to believe (Grand rapids, MI: Lamplighter, 1982), 44.

Muitos céticos tentaram contestar a ressurreição.

 Josh McDowell foi um desses que gastou mais de 700 horas pesquisando a evidência da ressurreição. McDowell fez a seguinte declaração a respeito da importância da ressurreição: 

“Cheguei à conclusão de que, de duas uma, ou a ressurreição de Jesus é um dos embustes mais mal-intencionado, cruel e desumano jamais impostos às mentes humanas OU é o fato mais fantástico da história.” - Josh McDowell, As novas provas que Exige um Veredito (San Bernardino, CA: Aqui está a Vida, 1999), 203.

Então, a ressurreição de Jesus é um fato fantástico ou um mito cruel?

Para chegarmos a essa resposta, temos de examinar a evidência da história e tirar nossas próprias conclusões.

Vamos ver o que os céticos que investigaram a ressurreição descobriram por conta própria.


CÍNICOS E CÉTICOS 

Nem todos estão dispostos a examinar detalhadamente as evidências.

Bertrand Russell admite que a sua opinião acerca de Jesus “não se baseou” em fatos históricos.- Bertrand Russell, Por que não sou cristão (New York: Simon & Schuster, 1957), 16.  

O historiador Joseph Campbell, sem citar nenhuma prova, alegou calmamente aos seus espectadores no canal de televisão americano PBS, que a ressurreição de Jesus não é um evento fatual. - Joseph Campbell, Uma entrevista com Bill Moyers, Joseph Campbell eo poder do mito, PBS especial de TV de 1988.

Outros eruditos, como John Dominic Crossan, do Seminário de Investigação sobre Jesus, concordam com ele. - Michael J. Wilkins e JP Moreland, eds, Jesus sob Fogo (Grand Rapids, MI: Zondervan, 1995), 2.

Nenhum desses céticos apresentou nenhuma prova que embase seu ponto de vista.
 
Os verdadeiros céticos, em oposição aos cínicos, estão interessados em evidências.

Um editorial da revista Cética intitulado “O que é um cético?”, apresentou a seguinte definição:

“Ceticismo é… a prevalência da razão sobre qualquer ideia, sem exceção à regra. Em outras palavras… os céticos não entram em uma investigação quando não há nenhuma possibilidade de que o fenômeno seja real e de que a crença seja verdadeira. Quando alegamos que somos “céticos”, queremos dizer que queremos ver evidência convincente antes de acreditarmos.” - "O que é um cético?" Editorial em Skeptic, vol 11, no. 2), 5.

Diferente de Russel e Crossan, muitos céticos verdadeiros investigaram as provas da ressurreição de Jesus.

Nesta postagem, entraremos em contato com alguns deles e veremos como analisaram a evidência da que talvez seja a pergunta mais importante da história da raça humana:


JESUS RESSUSCITOU DOS MORTOS?

AUTOPROFECIA

Antes da sua morte, Jesus disse a seus discípulos que seria traído, preso e crucificado, e que voltaria à vida três dias depois.

Esse plano é, no mínimo, estranho

O que estava por detrás disso

Jesus não era nenhum artista tentando atuar de acordo com os anseios da plateia.

Pelo contrário, ele prometeu que a Sua morte e ressurreição provariam a todos (se as suas mentes e corações estivessem abertos) que Ele era realmente o Messias esperado.

O pesquisador bíblico Wilbur Smith alegou sobre Jesus:

“Quando disse que Ele próprio ressuscitaria dentre os mortos, ao terceiro dia depois de ter sido crucificado, alegava algo que só um louco ousaria dizer, se esperasse ainda a devoção de algum discípulo, a menos que tivesse certeza de que isso aconteceria. 

Nenhum fundador de nenhuma religião do mundo conhecida pelo homem se atreveu alguma vez a fazer uma afirmação semelhante.” - Wilbur M. Smith, A grande certeza nesta hora de crises mundiais (Wheaton, Ill: Van Kampen Press, 1951), 10, 11

Em outras palavras, como Jesus disse claramente a seus discípulos que voltaria depois da sua morte, deixar de cumprir com essa promessa o exporia como uma fraude.

Mas estamos indo depressa demais.

Como morreu Jesus antes de (se isso realmente aconteceu) Se levantar dos mortos?


UMA MORTE TERRÍVEL E DEPOIS...?
 
Você faz uma idéia de como foram às últimas horas da vida terrena de Jesus se assistiu ao filme de Mel Gibson.

Se você perdeu parte do filme A Paixão de Cristo porque estava tapando os olhos (seria mais fácil se ele tivesse sido filmado com um filtro vermelho na câmera), basta folhear as últimas páginas de qualquer um dos evangelhos do Novo Testamento para encontrar o que perdeu.

Como Jesus predisse, ele foi traído por um dos seus próprios discípulos, Judas Iscariotes, e foi preso.

Em um julgamento simulado diante do governador romano Pôncio Pilatos, Ele foi declarado culpado de traição e condenado a morrer em uma cruz de madeira.

Antes de ser pregado à cruz, Jesus foi espancado brutalmente por um “gato com nove rabos” romano, um chicote feito com pontas de ossos e metal que se destinava a rasgar a carne.

Ele foi esbofeteado repetidas vezes, chutado e cuspido.

Em seguida, usando martelos, os carrascos romanos cravaram os pesados pregos de ferro forjado nos punhos e pés de Jesus.

Finalmente, eles erigiram a cruz em um buraco no solo, entre duas outras cruzes, onde se encontravam ladrões condenados.

Jesus ficou pendurado por aproximadamente seis horas.

Então, às três horas da tarde, ou seja, exatamente no mesmo momento que o cordeiro da páscoa judaica estava sendo sacrificado como uma oferta pelo pecado (há um pouco de simbolismo aí, não concorda?)

Jesus gritou “Está consumado” (em aramaico) e morreu.

Repentinamente, o céu ficou escuro e um terremoto sacudiu a terra. - O historiador Will Durant relatou: "Em meados deste século um nome Thallus pagão ... argumentou que a escuridão anormal acusado de ter acompanhado a morte de Cristo foi um fenômeno puramente natural e coincidência; o argumento levou a existência de Cristo como um dado adquirido. A negação de que a existência nunca parece ter ocorrido até mesmo para os mais amargos gentios ou judeus oponentes do cristianismo nascente. "Will Durant, César e Cristo, vol. 3 de A História da civilização (New York: Simon & Schuster, 1972), 555.

Pilatos queria uma comprovação de que Jesus estava morto antes de permitir que seu corpo crucificado fosse sepultado.

Assim, um guarda romano perfurou com uma lança um lado de Jesus.

A mistura de sangue e água que verteu era uma clara indicação de que Jesus estava morto.

O corpo de Jesus foi tirado da cruz e sepultado no túmulo que pertencia a José de Arimateia.

Os guardas romanos, em seguida, selaram a tumba e a vigiavam 24 horas por dia.

Nesse meio tempo, os discípulos de Jesus estavam em choque.

O Dr. J. P. Moreland explica quão devastados e confusos eles ficaram depois da morte de Jesus na cruz.

“Eles não tinham mais confiança de que Jesus tinha sido enviado por Deus. 

Eles também tinham sido ensinados de que Deus não permitiria que seu Messias sofresse a morte. 

Dispersaram. 

O movimento de Jesus terminava naquele momento.”- Citado em entrevista JP Moreland, Lee Strobel, o caso de Cristo (Grand Rapids, MI: Zondervan, 1998), 246.

Toda esperança havia acabado.

Roma e os líderes judaicos haviam prevalecido, pelo menos, era o que parecia.

Na próxima postagem veremos que algo aconteceu!


Até lá.


Que Deus abençoe a todos.


Fonte: http://jesusreal.blogspot.com.br
  

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quarta-feira, 23 de abril de 2014

256 - OS EVANGELHOS SÃO VERDADE IROS? 2ª PARTE



A DESCOBERTA DO CODEX SINAITICUS

Em 1844, o estudioso alemão Constantine Tischendorf estava procurando manuscritos do Novo Testamento.

Acidentalmente, ele percebeu um cesto cheio de páginas velhas na biblioteca do monastério de Santa Catarina, no Monte Sinai.

O estudioso alemão ficou eufórico e chocado.

Ele nunca havia visto manuscritos gregos tão antigos.

Tischendorf perguntou ao bibliotecário sobre os papéis e ficou surpreso ao descobrir que as páginas haviam sido descartadas para serem usadas como combustível.

Dois cestos daqueles papéis já haviam sido queimados!

O entusiasmo de Tischendorf deixou os monges desconfiados, e eles não quiseram lhe mostrar outros manuscritos.

No entanto, eles deixaram que Tischendorf  levasse as 43 páginas que havia descoberto.

15 anos depois, Tischendorf  voltou ao monastério de Sinai, desta vez com a ajuda do Czar russo Alexandre II.

Uma vez lá, um monge levou Tischendorf até seu quarto e lhe mostrou um manuscrito envolto em tecido que havia sido armazenado em uma prateleira com xícaras e louças.

Tischendorf imediatamente reconheceu as valorosas partes restantes dos manuscritos que havia visto anteriormente.

O monastério aceitou dar o manuscrito como presente ao czar russo, como protetor da igreja grega.

Em 1933, a União Soviética vendeu o manuscrito ao Museu Britânico por £100.000.

O Codex Sinaiticus é um dos primeiros manuscritos completos do Novo Testamento que temos, e está entre os mais importantes.

Alguns especulam que ele é uma das 50 Bíblias que o imperador Constantino encomendou para a preparação de Eusébio no início do século IV.

O Codex Sinaiticus tem sido um enorme auxílio para os estudiosos na verificação da precisão do Novo Testamento.

TESTE DE EVIDÊNCIA INTERNA

Assim como bons detetives, os historiadores verificam a confiabilidade observando pistas internas.

Essas pistas revelam as motivações dos autores e sua disponibilidade para revelar detalhes e outros aspectos que podem ser verificados.

As principais pistas internas que esses estudiosos usam para testar a confiabilidade são:

- Consistência dos relatos das testemunhas oculares
- Detalhes dos nomes, locais e eventos
- Cartas para indivíduos ou grupos pequenos
- Aspectos embaraçosos para os autores
- A presença de material irrelevante ou não produtivo
- falta de material relevante. -  J. P. Moreland,  Escalando a cidade secular (Grand Rapids: Baker, 2000), 134-157.

Vamos usar como exemplo o filme Friday Night Lights.

O filme é supostamente baseado em eventos históricos mas, assim como em muitos filmes livremente baseados em fatos reais, você fica constantemente perguntando “as coisas aconteceram assim mesmo?” Então, como você determinaria sua confiabilidade histórica?

Uma pista seria a presença de material irrelevante.

No meio do filme, o técnico, sem motivo aparente, recebe uma chamada telefônica informando que sua mãe tem câncer no cérebro.

O evento não tem relação com o enredo e nunca é mencionado novamente.

A única explicação para a presença desse fato irrelevante seria que ele realmente ocorreu e que o diretor desejava ser historicamente preciso.

Outro exemplo do mesmo filme.

Seguindo o fluxo dramático, queremos que o Permian Panthers vença o campeonato estadual.

Mas eles não vencem.

Isso parece não ser produtivo para o drama, e imediatamente descobrimos que o fato está lá porque, na vida real, o Permian perdeu o jogo. A presença de material não produtivo também é uma pista para a precisão histórica.

Por fim, o uso de cidades reais e pontos de referência familiares, como Houston Astrodome, nos leva a considerar como históricos esses elementos da história, porque eles são muito fáceis de corroborar ou de falsificar.

Existem poucos exemplos de como a evidência interna aproxima ou afasta a conclusão de que um documento é historicamente confiável.

Analisaremos brevemente a evidência interna da historicidade do Novo Testamento.

Diversos aspectos do Novo Testamento nos ajudam a determinar sua historicidade com base em seu próprio conteúdo e qualidades.

CONSISTÊNCIA

Documentos inexatos ou deixam de fora relatos de testemunhas oculares ou são inconsistentes.

Por isso, claras contradições entre os Evangelhos provariam que eles contêm erros.

Mas, ao mesmo tempo, se todo Evangelho dissesse exatamente a mesma coisa, isso levantaria suspeitas de conspiração.

Seria como conspiradores tentando concordar em cada detalhe de um esquema.

O excesso de consistência é tão duvidoso quanto a falta.

Testemunhas oculares de um crime ou incidente geralmente percebem corretamente os eventos significativos, mas os veem a partir de perspectivas diferentes.

Da mesma forma, os quatro Evangelhos descrevem os eventos da vida de Jesus de diferentes perspectivas.

Ainda assim, independentemente dessas perspectivas, estudiosos da Bíblia se surpreendem com a consistência dos relatos e com a clara imagem de Jesus e de seus ensinamentos que esses relatos complementares compõem.

DETALHES

Historiadores adoram detalhes em um documento porque eles facilitam a verificação da confiabilidade.

As cartas de Paulo são repletas de detalhes.

E os Evangelhos estão cheios deles.

Por exemplo, tanto o Evangelho de Lucas como o seu Livro de Atos foram escritos para um nobre chamado Teófilo, que era sem dúvida um indivíduo muito conhecido na época.

Se esses escritos tivessem sido meras invenções dos apóstolos, a inexatidão de nomes, locais e eventos teria rapidamente sido apontada por seus inimigos, como os líderes judeus e romanos.

Isso teria sido o escândalo de Watergate do século I.

Além disso, muitos detalhes do Novo Testamento foram confirmados por verificações independentes.

O historiador clássico Colin Hemer, por exemplo, “identifica 84 fatos nos últimos 16 capítulos dos Atos que foram confirmados por pesquisa arqueológica”. - Citado em Geisler and Turek, 256.

Nos séculos anteriores, estudiosos céticos da Bíblia questionaram a autoria de Lucas e sua datação, afirmando que os escritos eram do século II e de um autor desconhecido.

O arqueólogo Sir William Ramsey estava convencido de que estavam certos e começou a investigar. Após uma extensa pesquisa, o arqueólogo mudou sua opinião.

Ramsey cedeu, “Lucas é um historiador de primeira classe. … Este autor pode ser colocado entre os grandes historiadores. … A história de Lucas goza de respeito e confiabilidade insuperáveis”. - Citado em McDowell, 61.

Os Atos contam as viagens missionárias de Paulo, listando os locais que ele visitou, as pessoas que viu, as mensagens que transmitiu e a perseguição que sofreu.

Seria possível falsificar todos esses detalhes

O historiador romano A. N. Sherwin-White escreveu que “a confirmação da historicidade dos Atos é claríssima. … A partir de agora, qualquer tentativa de rejeitar sua historicidade básica será um absurdo. Os historiadores romanos já haviam aceitado isso como fato há muito tempo”. - Citado em McDowell, 64.

Dos relatos do Evangelho até as cartas de Paulo, os autores do Novo Testamento descreveram abertamente detalhes, chegando a citar nomes de indivíduos que viveram na época.

Os historiadores confirmaram pelo menos 30 desses nomes.- Geisler and Turek, 269.

CARTAS PARA GRUPOS PEQUENOS

A maioria dos textos forjados é de documentos de natureza geral e pública, como este artigo de revista (sem dúvidas, incontáveis falsificações já estão circulando no mercado negro).

O especialista em História Louis Gottschalk observa que cartas pessoais destinadas a públicos pequenos têm alta probabilidade de serem confiáveis. - J. P. Moreland, 136-137.

Em qual categoria os documentos do Novo Testamento se encaixam?

Bem, alguns deles tinham claramente a finalidade de serem amplamente distribuídos. Ainda assim, grandes partes do Novo Testamento consistem em cartas pessoais escritas para pequenos grupos e indivíduos. Esses documentos, no mínimo, não seriam considerados grandes candidatos à falsificação.
Aspectos embaraçosos

A maioria dos escritores não quer ser constrangido em público.

Por isso, os historiadores têm observado que documentos contendo revelações embaraçosas sobre os autores geralmente são confiáveis.

O que os autores do Novo Testamento disseram sobre si mesmos?

Surpreendentemente, todos os autores do Novo Testamento se apresentavam como frequentemente tolos, covardes e descrentes.

Por exemplo, considere a tripla negação de Pedro a Jesus ou a discussão dos discípulos sobre qual deles era o melhor - ambas as histórias registradas nos Evangelhos.

Uma vez que o respeito aos apóstolos era crucial na igreja primitiva, a inclusão desse tipo de material não indica outra coisa, senão que os apóstolos eram verdadeiros em seus relatos. - Geisler and Turek, 276.

Em A História da Civilização, Will Durant escreveu sobre os apóstolos, “esses homens dificilmente eram do tipo que seria escolhido para remodelar o mundo. Os Evangelhos diferenciavam seus caracteres de forma realista, e expunha abertamente suas falhas”. - Durant, 563.

MATERIAL NÃO PRODUTIVO OU IRRELEVANTE

Os Evangelhos nos contam que a tumba vazia de Jesus foi descoberta por uma mulher embora, em Israel, o testemunho de mulheres fosse considerado praticamente sem valor e não fosse nem mesmo admitido em julgamentos.

Existem registros de que a mãe e a família de Jesus acreditavam que ele havia perdido a razão.

Diz-se que algumas das últimas palavras de Jesus na cruz foram “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” 

E por aí vai a lista de incidentes registrados no Novo Testamento que não seriam produtivos se a intenção do autor fosse algo diferente da transmissão precisa da vida e dos ensinamentos de Jesus Cristo.

FALTA DE MATERIAL RELEVANTE

É irônico (e talvez lógico) que alguns dos maiores problemas enfrentados pela igreja do primeiro século - missões em gentios, dádivas espirituais, batismo, liderança - tenham sido abordados diretamente nas palavras registradas de Jesus.

Se seus seguidores estivessem simplesmente gerando o material para incentivar o crescimento da igreja, não seria possível explicar por que eles não teriam forjado instruções de Jesus sobre essas questões.

Em um caso, o apóstolo Paulo afirmou claramente sobre um determinado assunto “Sobre isto não temos ensinamento do Senhor”.

TESTE DE EVIDÊNCIA EXTERNA

A terceira e última medida da confiabilidade de um documento é o teste de evidência externa, que questiona “os registros históricos externos ao Novo Testamento confirmam sua confiabilidade?” 

Portanto, o que os historiadores não cristãos dizem sobre Jesus Cristo?

“De forma geral, pelo menos 17 escritos não cristãos registram mais de 50 detalhes relacionados à vida, aos ensinamentos, à morte e à ressurreição de Jesus, além de detalhes relativos à igreja primitiva.” - Gary R. Habermas, “Por que acredito que o Novo Testamento é historicamente confiável,” Por que eu sou um cristão, eds Norman L. Geisler & Paul K. Hoffman (Grand Rapids, MI: Baker, 2001), 150.

Isso é impressionante, considerando a falta de outros dados históricos deste período.

Jesus é mencionado por mais fontes do que as conquistas de César durante o mesmo período.

O que impressiona ainda mais é o fato de que essas confirmações dos detalhes do Novo Testamento datam de 20 a 150 anos depois de Cristo, “o que é bastante cedo, considerando os padrões da historiografia antiga”. - Ibid.

A confiabilidade do Novo Testamento é adicionalmente embasada por mais de 36 mil documentos cristão fora da Bíblia (citações de líderes da igreja dos primeiros três séculos) datados de 10 anos após o último escrito do Novo Testamento). - Ibid.

Se todas as cópias do Novo Testamento fossem perdidas, seria possível reproduzi-las a partir dessas outras cartas e documentos, com exceção de alguns poucos versos. - Metzger, 86.

O professor emérito da Boston University, Howard Clark Kee, conclui que “o resultado da avaliação das fontes externas ao Novo Testamento relacionadas… ao nosso conhecimento de Jesus confirma sua existência histórica, seus poderes incomuns, sua devoção aos seus seguidores, a continuação da existência do movimento após sua morte… e a penetração do Cristianismo na própria Roma no final do primeiro século”. - Citado em McDowell, 135.

Assim, o teste de evidência externa se soma às evidências fornecidas pelos outros testes.

Apesar da suposição de alguns céticos radicais, o retrato que o Novo Testamento oferece do Jesus Cristo real é praticamente à prova de máculas.

Embora haja alguns dissidentes, como o Seminário de Investigação sobre Jesus, o consenso dos especialistas, independentemente de suas crenças religiosas, confirma que o Novo Testamento que lemos hoje representa fielmente tanto as palavras como os eventos da vida de Jesus.

Clark Pinnock, professor de interpretação no McMaster Divinity College, resumiu bem ao dizer “não existe nenhum documento do mundo antigo testemunhado por um conjunto de depoimentos textuais e históricos tão excelentes. … Uma pessoa honesta não pode desconsiderar uma fonte desse tipo. O ceticismo relacionado às credenciais históricas do Cristianismo tem uma base irracional”. - Citado em Josh McDowell, O Fator de Ressurreição (San Bernardino, CA: Here’s Life Publishers, 1981), 9.

JESUS VOLTOU MESMO DOS MORTOS?

A grande questão do nosso tempo é “quem é o verdadeiro Jesus Cristo”? Ele foi somente um homem excepcional ou ele era mesmo Deus feito carne como Paulo, João e os outros discípulos acreditavam?

As testemunhas de Jesus Cristo realmente falaram e agiram como se acreditassem que ele fisicamente se ergueu dentre os mortos após sua crucificação.

Se eles estivessem errados, o cristianismo teria se baseado em uma mentira.

Mas se estivessem certos, tal milagre confirmaria tudo o que Jesus disse sobre Deus, sobre si mesmo e sobre nós.

Devemos aceitar a ressurreição de Jesus Cristo somente pela fé ou existe evidência histórica sólida?

Muitos céticos começaram investigações sobre os registros históricos para provar que os registros da ressurreição são falsos.

O que eles descobriram?

Na próxima postagem veremos as evidências da declaração mais fantástica feita - a ressurreição de Jesus Cristo!

Até lá.


Que Deus abençoe a todos.


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sábado, 5 de abril de 2014

255 - OS EVANGELHOS SÃO VERDADE IROS? 1ª PARTE


Os Evangelhos do Novo Testamento são a testemunha ocular da verdadeira história de Jesus Cristo, ou a história pode ter sido mudada ao longo dos anos?

Devemos simplesmente aceitar os relatos do Novo Testamento de Jesus pela fé, ou existem evidências de sua confiabilidade?

Peter Jennings, âncora do ABC News, esteve em Israel transmitindo um programa de TV especial sobre Jesus Cristo.

Seu programa, The Search for Jesus (A Busca por Jesus), explorou a questão sobre se o Jesus do Novo Testamento tinha precisão histórica.

Jennings apresentou opiniões sobre os relatos do Evangelho do professor da DePaul University, John Dominic Crossan, de três colegas de Crossan do Seminário de Investigação sobre Jesus, e de dois outros estudiosos da Bíblia. (O Seminário de Investigação sobre Jesus é um grupo de estudiosos que debate as palavras e ações registradas de Jesus e, de acordo com jesusseminar.org, "O Seminário Jesus foi organizada sob os auspícios do Instituto Westar para renovar a busca do Jesus histórico. No encerramento do debate sobre cada item da agenda, os bolsistas do voto Seminário, usando miçangas coloridas para indicar o grau de autenticidade das palavras ou ações de Jesus. ")

Alguns dos comentários foram impressionantes.

No programa de TV nacional, o Dr. Crossan não apenas lançou dúvida sobre mais de 80% das declarações de Jesus como também negou a divindade, os milagres e a ressurreição atribuídos a Jesus.

Jennings ficou claramente intrigado pela imagem de Jesus apresentada por Crossan.

A busca pela verdadeira história da Bíblia sempre é notícia, motivo pelo qual todo ano as revistas Time e Newsweek trazem uma matéria de capa sobre Maria, Jesus, Moisés e Abraão. Ou - quem sabe?- talvez a matéria deste ano seja “Bob: a história não contada do 13º discípulo desconhecido”.

Trata-se de entretenimento e, portanto, a investigação nunca terminará nem renderá respostas, pois isso acabaria com o assunto para o futuro.

Em vez disso, pessoas com opiniões radicalmente diferentes são reunidas como em um episódio de Survivor, embaralhando a questão em vez de trazer mais clareza.

Mas o relatório de Jennings enfocou um aspecto que merece ser levado a sério.

Crossan afirmou que os relatos originais de Jesus foram embelezados pela tradição oral e não haviam sido escritos até depois da morte dos apóstolos.

Assim, eles seriam altamente não confiáveis e não poderiam nos oferecer uma imagem precisa do verdadeiro Jesus.

Como saberemos se isso realmente é verdade?

PERDIDOS NA TRADUÇÃO?

Então, o que as evidências mostram

Começamos com duas perguntas simples:

Quando foram escritos os documentos originais do Novo Testamento? 

E quem os escreveu?

 A importância dessas perguntas é óbvia.

Se os relatos de Jesus foram escrito após a morte das testemunhas oculares, ninguém pôde confirmar sua precisão.

Mas se os relatos do Novo Testamento foram sido escritos enquanto os apóstolos originais ainda estavam vivos, sua autenticidade poderia ser estabelecida.

Pedro poderia se defender de uma falsa afirmação atribuída a ele dizendo, “Ei, não escrevi isso”.

E Mateus, Marcos, Lucas e João poderiam responder a perguntas ou desafios relacionados aos seus relatos sobre Jesus.

Os autores do Novo Testamento afirmaram terem sido testemunhas oculares dos relatos de Jesus.

O apóstolo Pedro declarou o seguinte em uma carta:

“Porque não vos fizemos saber a virtude e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, seguindo fábulas artificialmente compostas; mas nós mesmos vimos a sua majestade” (2 Pedro 1:16 NLT).

Uma grande parte do Novo Testamento é composta pelas 13 cartas de Paulo para jovens da igreja.

As cartas de Paulo, datadas da metade dos anos 40 e da metade dos anos 60 (anos 12 a 33 depois de Cristo), constituem as primeiras testemunhas da vida e dos ensinamentos de Jesus.

Will Durant escreveu sobre a histórica importância das cartas de Paulo: 

“A evidência cristã de Cristo começa com as cartas atribuídas a Paulo. … Ninguém questionou a existência de Paulo, ou seus repetidos encontros com Pedro, Thiago e João; e Paulo admitia enciumadamente que esses homens haviam conhecido pessoalmente o Cristo.” - Will DurantCésar e Cristo, vol. 3 A História da Civilização (New York: Simon & Schuster, 1972), 555.

MAS SERÁ QUE É VERDADE?
 
Em livros, revistas e documentários da TV, o Seminário de Investigação sobre Jesus sugere que os Evangelhos foram escritos entre os anos 130 a 150 d.C. por autores desconhecidos.

Se essas datas estiverem corretas, haveria uma lacuna de aproximadamente 100 anos após a morte de Cristo (estudiosos situam a morte de Jesus entre os anos 30 e 33 d.C.).

E, uma vez que todas as testemunhas oculares estariam mortas, os Evangelhos só poderiam ter sido escritos por autores desconhecidos, fraudulentos.

Portanto, quais evidências temos em relação a quando os relatos do Evangelho de Jesus foram realmente escritos?

O consenso da maioria dos estudiosos é que os Evangelhos foram escritos por apóstolos durante o primeiro século.

Eles mencionam diversas razões que serão analisadas mais adiante neste artigo.

Por enquanto, observe no entanto que três formas iniciais de evidência parecem criar uma base sólida para as conclusões deles:

- Documentos primitivos de hereges como Marcião e a escola de Valentino mencionando livros, temas e passagens do Novo Testamento.

- Numerosos escritos de fontes primitivas do Cristianismo, como do Clemente de Roma, Ignácio e Policarpo.

- Descoberta de cópias de fragmentos do Evangelho com verificação de carbono datada de 117 d.C

O arqueólogo bíblico William Albright concluiu, na base de sua pesquisa, que todos os livros do Novo Testamento foram escritos enquanto a maioria dos apóstolos ainda estava viva. - Josh McDowall, A nova evidência que exige Veredicto (Nashville: Thomas Nelson Publishers, 1999), 38.

Segundo ele, “Já podemos afirmar enfaticamente que não existe mais nenhuma base sólida para atribuir a data de qualquer livro a depois de 80 d.C., ou seja, duas gerações inteiras antes da data entre 130 e 150 d.C., dada pelos críticos atuais mais radicais do Novo Testamento”. - William F. Albright Descobertas recentes em Terras Bíblicas (New York: Funk & Wagnalls, 1955), 136.

Em outro ponto, Albright situa a escrita de todo o Novo Testamento “provavelmente entre 50 d.C. e 75 d.C.” - William F. Albright, “Em direção a uma visão mais conservadora,” Christianity Today, January 18, 1993, 3.

O estudioso John A. T. Robinson, notoriamente cético, atribui ao Novo Testamento uma data anterior àquela afirmada até mesmo pelos estudiosos mais conservadores.

Em Redating the New Testament (A Redatação do Novo Testamento), Robinson afirma que a maior parte do Novo Testamento foi escrita entre 40 d.C. e 65 d.C.

Isso significa que ele teria sido escrito 7 anos após o período em que Cristo viveu. -  John A. T. Robinson, A redatação do Novo de testamento, citado em Norman L. Geisler and Frank Turek, “Eu não tenho fé suficiente para ser ateu” (Wheaton, IL: Crossway, 2004), 243.

Se isso for verdade, quaisquer erros históricos teriam sido imediatamente apontados tanto por testemunhas oculares como por inimigos do Cristianismo.

Assim, vamos ver a trilha de pistas que nos leva dos documentos originais às nossas cópias atuais do Novo Testamento.

QUEM PRECISA TIRAR CÓPIAS?

Os escritos originais dos apóstolos foram reverenciados.

Eles foram estudados, compartilhados, cuidadosamente preservados e armazenados como um tesouro escondido pelas igrejas.

Mas, infelizmente, os confiscos romanos, a passagem de 2000 anos e a segunda lei da termodinâmica cobraram seu preço.

Então, hoje, o que temos desses escritos originais?

Nada.

Os manuscritos originais se foram (embora, sem dúvida, toda semana estudiosos da Bíblia sintonizem no programa de TV Antiques Roadshow esperando que um manuscrito seja descoberto).

Ainda assim, o Novo Testamento não está sozinho nesse destino; nenhum outro documento comparável da história antiga continua existindo atualmente.

Os historiadores não são incomodados pela falta de manuscritos originais, uma vez que têm cópias confiáveis para examinar.

Mas existem cópias antigas do Novo Testamento disponíveis e, se existem, elas são fiéis aos originais?

Conforme o número de igrejas se multiplicava, centenas de cópias eram cuidadosamente feitas sob a supervisão dos líderes da igreja.

Cada carta foi meticulosamente escrita à tinta em pergaminho ou papiro.

E assim, atualmente, estudiosos podem examinar as cópias sobreviventes (e as cópias das cópias, e as cópias das cópias das cópias - você entendeu) para determinar a autenticidade e chegar muito perto dos documentos originais.

De fato, os acadêmicos que estudam literatura antiga desenvolveram a ciência da crítica textual para examinar documentos como A Odisséia, comparando-os a outros documentos antigos para determinar sua precisão.

Mais recentemente, o historiador militar Charles Sanders ampliou a crítica textual desenvolvendo um teste dividido em 3 partes que analisa não apenas a fidelidade da cópia, mas também a credibilidade dos autores.

Os testes são:

1 - O teste bibliográfico

2 - O teste da evidência interna

3 - O teste da evidência externa - McDowell, 33-68.

Vamos ver o que acontece quando aplicamos esses testes aos primeiros manuscritos do Novo Testamento.

TESTE BIBLIOGRÁFICO

Este teste compara um documento a outros documentos históricos antigos do mesmo período. 

Ele questiona:

- Quantas cópias do documento original existem?

- Quanto tempo se passou entre os escritos originais e as primeiras cópias?

- Como um documento se compara a outros documentos históricos antigos?

Imagine se tivéssemos apenas duas ou três cópias dos manuscritos originais do Novo Testamento.

A amostragem seria tão pequena que não poderíamos confirmar sua precisão.

Por outro lado, se temos centenas ou até mesmos milhares de cópias, podemos facilmente disseminar erros de documentos mal transmitidos.

Então, como o Novo Testamento se compara a outros escritos antigos considerando-se o número de cópias e o intervalo em relação aos originais?

Atualmente, existem mais de 5.000 manuscritos do Novo Testamento no idioma grego original.

Quando contamos traduções para outros idiomas, o número é espantoso: 24.000 - datadas dos séculos II a IV.

Compare isso ao segundo manuscrito histórico antigo mais bem documentado, a Ilíada de Homero, com 643 cópias. - McDowell, 34.
Bruce M. Metzger O texto do Novo Testamento (New York: Oxford University Press, 1992), 34.

E lembre-se de que a maioria dos trabalhos históricos antigos têm muito menos cópias existentes do que esse (geralmente, menos de 10).

O estudioso do Novo Testamento Bruce Metzger ressalta, “Em contraste com esses números [de outros manuscritos antigos], a crítica textual do Novo Testamento é atrapalhada pela integridade do material”. - McDowell, 38.

INTERVALO DE TEMPO

Não apenas o número de manuscritos é significativo, mas também o intervalo de tempo transcorrido entre quando o original foi escrito e a data da cópia.

Ao longo de mil anos de cópias, não é possível dizer no quê um texto poderia se transformar.

Mas quando se trata de cem anos, a história é diferente.

O crítico alemão Ferdinand Christian Baur (1792–1860) certa vez afirmou que o Evangelho de João não havia sido escrito por volta de 160 d.C. e, portanto, não poderia ter sido escrito por João.

Isso, se for verdade, não questionaria apenas os escritos de João, mas também lançaria suspeita sobre todo o Novo Testamento.

Mas então, quando um esconderijo dos fragmentos em papiro do Novo Testamento foi descoberto no Egito, no meio estava um fragmento do Evangelho de João (especificamente, P52: João 18:31-33) datado de aproximadamente 25 anos depois que João havia escrito o original.

Metzger explicou que, “assim como Robinson Crusoé, que viu uma única pegada na areia e concluiu que havia outro ser humano, com dois pés, presente na ilha junto com ele, o fragmento P52 prova a existência e o uso do Quarto Evangelho durante a primeira metade do século II em uma província ao longo do Nilo, muito afastada do local de escrita tradicional (Éfeso, na Ásia Menor).” - Metzger, 39.

Achado após achado, a arqueologia desvendou cópias de grandes partes do Novo Testamento, datadas de até 150 anos após os originais. - Metzger, 36-41.

Muitos outros documentos antigos têm intervalos de 400 a 1400 anos.

Por exemplo, a Poética de Aristóteles foi escrita por volta de 343 a.C., e a primeira cópia é datada de 1100 d.C., sendo que existem apenas cinco cópias.

E, ainda assim, ninguém sai em busca do histórico Platão, afirmando que na verdade ele era um bombeiro, e não um filósofo.

De fato, existe um corpo quase completo da Bíblia chamado Codex Vaticanus, que foi escrito somente cerca de 250 a 300 anos depois da escrita original dos apóstolos.

O corpo completo mais antigo conhecido do Novo Testamento em um manuscrito uncial antigo é chamado Codex Sinaiticus que, agora, está guardado no Museu Britânico.

Assim como o Codex Vaticanus, ele é datado do século IV.

Voltando ao início da história cristã, o Vaticanus e o Sinaiticus são como outros manuscritos bíblicos no sentido em que diferem minimamente um do outro e nos oferecem uma imagem muito boa do que os documentos originais devem ter dito.

Até mesmo o crítico acadêmico John A. T. Robinson admitiu que “a integridade dos manuscritos e, acima de tudo, o curto intervalo entre a escrita original e as primeiras cópias existentes, tornam o Novo Testamento de longe o texto mais certificado de qualquer escrito antigo no mundo.” - John A. T. RobinsonPodemos confiar no Novo Testamento? (Grand Rapids: Eerdmans, 1977), 36.

O professor de Direito John Warwick Montgomery afirmou que “ser cético em relação ao texto resultante dos livros do Novo Testamento é permitir que toda a antiguidade clássica deslize para a obscuridade, já que nenhum documento do período antigo é tão bem confirmado bibliograficamente como o Novo Testamento.” - Citado em McDowell, 36.

A questão é: Se os registros do Novo Testamento foram feitos e circulados tão próximos aos eventos reais, é muito mais provável que o seu retrato de Jesus seja preciso.

Mas a evidência externa não é a única forma de responder à dúvida sobre a confiabilidade; estudiosos também usam a evidência interna para responder a essa pergunta.

Na próxima postagem veremos o que nos dizem as evidências internas.

Até lá.


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